30 agosto 2006

Afectos

Às vezes não sei se vale a pena! Esta coisa de sentir só veio atrapalhar. Era bem mais simples se tudo fosse racional. Eu que até defendo a educação pelos afectos...
A conjugação do verbo sentir implica muito mais do que um eu, do que uma acção. Ela suspende uma demonstração universal, na qual temos de dar provas a todos, mesmo a nós mesmos. Não faz sentido algum a racionalidade do sentir e isso...angustia-me!
Seria bem mais simples se não existessem provas. Bastava gostar e pronto! Se afinal estamos numa era tão eficiente...
Claro que não! A entrega, o compromisso que vai muito para além de um objecto ou assinatura. A vida partilhada, os sonhos, os desejos, os projectos, ... esses sim são vontades de afectos.

22 agosto 2006

A praia é um mimo

A praia é um local de paz. Nem sempre... Talvez o espaço natural mais visitado e "respeitado" pelo ser humano. Oops! Um papel prateado a espreitar na areia, um lenço de papel bem perto da toalha onde me pretendia deitar, um penso higiénico a fugir das ondas,... oops! Alegremo-nos com o facto de não se terem registado focos de incêndio (na medida em que a areia ou o mar não têm capacidade de desencadear o processo de combustão).
Acreditemos então, na ausência de poluição sonora... "Toma-lá que agora já tens razões para chorar" Ok! É melhor deixarmo-nos de cruzar os braços. Para isso, basta dar o exemplo.
A próxima vez que comer uma pastilha elástica, ou quiser gritar com o seu filho... lembre-se que a praia é um espaço natural e de todos e que o seu filho é somente uma criança a precisar da sua atenção e do seu amor.

Chegou o soninho...

Viva o soninho!...Com ele não conseguimos escrever coisas bonitas, mas guardamos momentos mágicas em forma de sonhos. Chegou o soninho...

Algodão doce, m&m's e sugus

Eu acredito que é possível caminhar sobre o algodão doce! Vocês também querem acreditar, mas continuam presos às burocracias de se ser adulto e completar os 18 anos. Anda! Coragem! Se acreditares em ti vais ter sempre vontade de arriscar, de correr o risco e sentir o verdadeiro sabor da vida.Só assim, um dia conseguirás responder ao dilema: uma piscina de algodão doce, uma de m&m's de amendoin e uma de sugus descascados, qual escolherias?! Não despertem tarde de mais a tentarem encontrar um passado cansado de esperar e de amar. A nossa vida é mais do que um desejo...é uma aventura de algodão doce, m&m's de amendoin e sugus descacados de todas as cores e sabores.

Manual de instruções

A incensatez reina na cabeça de qualquer ser humano. Os bloqueios do quotidiano interferem no nosso racional e puff...aproveitamo-nos de um qualquer objecto para conseguirmos reanimar de uma simples frustração.
Qual é o português que ao comprar um electrodoméstico procura ler o manual de instruções antes de prosseguir à sua utilização?!O mais ridículo que porventura só vem justificar a incapacidade de valorizar a riqueza das diferenças,é o de criar tentativas de piadas tipo: "porque é que as mulheres não vêm com manual de instruções?!", quando também os homens repentinamente mudam de atitudes para com os que os rodeiam. Para não falar na capacidade de se fazerem de vítimas...
"Olha lá
Ele não é feliz, sempre diz
Que é do tipo cara valente
Mas veja só, a gente sabe
Que esse humor é coisa de um rapaz
Sem ter protecção
Foi-se esconder atrás
Da cara de vilão
Então, não faz assim rapaz
Não bota esse cartaz que a gente não cai não!

Ehehe … Ele não é de nada oia
Essa cara amarrada
É só um jeito de viver na pior
Ehehe … Ele não é de nada oia
Essa cara amarrada É só um jeito de viver esse mundo de mágoa!"
(Maria Rita)
Finalmente, alguém teve coragem de escrever sobre...fragilidades! loool
Reconheço que hoje estou a assumir um papel exacerbado de feminista. Não vou encontrar uma desculpa, porque hoje estou apenas assim. Sabem que vos adoro!
Sim!É muito bom sentir que por trás deste ciclone está a paz de querer descansar na racionalidade de cada um de vós. Afinal, manuais para quê quando a verdadeira descoberta está nas feridas e no betadine?!

20 agosto 2006

Fotografias

Num passeio à beira-mar e com um simples telemóvel percebi: "Estas são as estrelas vistas do céu..."

Bolos, bolinhos e ...

A gula justifica o seu posto enquanto pecado mortal. São dias de sacrifício que de um momento para o outro se esvaiem em calafrios, em irritabilidade que não esclarecem o eterno "porquê?".
Hoje foi dia de visitas. E como acontece em todas as casas, quando há visitas, as toalhas amareladas pelo tempo, os serviços mais finos que qualquer criança anseia ver a ser utilizado(porque assim não terá de pôr ou levantar a mesa, ou mesmo lavar a loiça, na eventualidade de poder partir um qualquer exemplar) saiem dos móveis e gavetas entreabertas pelo prazer do "bem-receber". A comida... Não consigo compreender!
Os nossos convidados são pessoas especiais, próximas, familiares, são pessoas que nós gostamos. Então, porque é que a ementa ronda, no mínimo, quatro pratos em cada uma das refeições procurando apurar cada tempero com um refugado em azeite bem encorpado no lume, um molho enriquecido em gordura e bons vinhos?! Se gostamos dessas pessoas devíamos fornecer-lhes uma alimentação equilibrada.
Mas o que eu gosto mesmo ... as sobremesas. Existem sobremesas de todas as cores, temperaturas, sabores, apresentações. Para todos os gostos é que não acredito. Assim como, não sei como é possível alguém afirmar que odeia chocolate. Chocolate...o aroma, a textura, o amargo do cacau que se confunde e amacia com o leite...absolutamente divinal. Tudo isto para chegar à tarte hungara que se encontrava no outro lado da mesa. Pensei duas vezes. Balancei entre a dieta e o prazer. Na verdade já havia saboreado aquela tarte no melhor momento, na sua confecção. Não! Não a provei. Aproveitei o que de melhor há nos bolos, bolinhos e qualquer outra especialidade que o possibilite - rapei o tacho!
É aqui que ela entra...a gula! Tem um poder inacreditável. Não resiti e comi uma fatia.

19 agosto 2006

TARTARUGA e TAL

Assim começa uma nova etapa. Foram eles...todas as minhas pequenas "tartarugas" que me mostraram que posso recomeçar cada vez que acorde de uma hibernação. Por vocês e quem sabe, algumas vezes...para vocês.